terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Maquiavel - Arte da Guerra


Uma vez por semana uma parte do livro será postada.



PRIMEIRO LIVRO

POr acreditar que, após sua morte, possamos louvar um homem sem sermos alvo de reprovação, inexistindo qualuqer motivo e suspeita de adulação, não terei duvidas em louvar nosso Cosimo Rucellai(1), que seu nome nunca seja por mim recordado sem lágrimas, pois que nele conheci as qualidades que num bom amigo os amigos esperam, que num cidadãosua pátria deseja. Porque não sei de coisa alguma tão sua (não excetuando sequer a alma) que pelos amigos ele não dependesse com prazer; não sei de empresa que o assombrasse, desde que nela ele reconhecesse o bem de sua pátria. E confesso, livremente , não haver exemplo, entre tantos homens que conhecie com quais privei, de homem no qual houvesse ânimo mais vivido para as coisas grandes e magnificas. E não se queixou ele com os amigos de outra coisa, diante da morte, senão de ter nascido paramorrer jovem em casa e sem honrarias, sem poder ter beneficiado outras pessoas conforme lhe ditava sua indole porque sabia que dele nada mais se podia dizer senão que morrer em bom amigo.


1- Cosimo Rucellai, a quem Maquiavel dedica os Discursos morreu jovem em 1519. Em sua residencia , acolheu os participantes de discussões sobre temas filosóficos, literários e polítocs.

Espero que gostem e dêem a sua opnião; As vezes parece que Maquiavel gostaria de ser o Cosimo Rucellai, em que quase "endeusa" o Cosimo e o vira "lenda" ao dizer que morreu jovem, não dá para saber até que ponto Maquiavel o conhecia e(ou) o admirava.


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